quarta-feira, 30 de março de 2011

1 º Etapa do Triathlon Santa Cecilia TV

No dia 27 de março, foi realizada a 1º etapa do triathlon Santa Cecília TV na praia dos milionários em São Vicente, prova de short triathlon com vácuo, o meu primeiro triathlon de 2011 e o primeiro com vácuo já que minha estréia foi em prova sem vácuo liberado.
A prova começou bem antes da largada, arrumando tudo no carro ainda cedinho, me alimentando e hidratando para estar tudo tranquilo na largada. Correu tudo bem, saímos eu e minha namorada no carro, e fomos ao ponto combinado para encontrar mais dois colegas que iriam pra prova o Yucatán e o Magrão, destes somente o primeiro iria competir. Fomos os quatro em dois carros sem problemas até o local da prova, chegamos lá e começou o ritual que antecede uma prova de triathlon e que faz com que aos poucos a adrenalina vá subindo, como: Retirada do kit, pintura do número, organização dos materiais na área de transição, etc.




 O friozinho na barriga agora é companhia já certa, então o jeito é ir alongar e se aquecer para tentar focar na prova e esquecer um pouco a ansiedade pré-prova. Depois de nadar no local da prova estava mais relaxado, pois a natação vai ser tranqüila, mas apreensivo, pois minha panturrilha que tinha me incomodado nos treinos de corrida, inclusive me fez  abortar alguns deles pra estar aqui no dia da largada, volta a incomodar. Mas redobro a atenção nos alongamentos e a dor aos poucos vai dispersando.
Fico conversando com os meus amigos e estou me sentindo confiante e o mais importante feliz por estar aqui.



Dada a largada da prova tento fazer mais força na saída do que minha última prova de triathlon em Santos, tendo uma visibilidade da água perfeita, tento nadar na esteira do grupo intermediário e consigo ficar entre eles o que pra mim já me deixa contente, pois na prova anterior sobrei no fim do pelotão e aqui fiquei no meio. Na saída da água verifico o tempo e vejo que sai com 14’40 pra quem tinha saído pra 17’00’’ do ultimo triatlhon houve um evolução já o que me deixou contente.


 Saio pra transição ofegante mais não tão cansado, pego a bike e saio com um pelotão que saiu da água junto comigo, ai me deparo com o primeiro imprevisto da prova meu Kateye não está funcionando, não esta marcando a velocidade e a distância, apenas a cadência que pra esse tipo de prova não adianta muito saber, só que visualmente o ritmo do pelotão que eu saí é inferior ao que treinei e vou pra frente do pelotão faço força e alcanço outro pelotão, que está mais compatível com a velocidade que estou imprimindo,na abertura da segunda volta vou pra frente desse pelotão e falo com um atleta pra irmos revezando pra acompanharmos o pelotão da frente.




Começo a puxar mais em menos de uma volta num total de seis, sinto uma forte fisgada na panturrilha e tenho que diminuir o ritmo meu “colega de roda” ( Depois vir a saber que se chama: Fernando ) senti isso e vai me puxar me puxa por quase uma volta, agora as dores são mais controláveis vou e puxo de novo o pequeno pelotão e ficamos revezando nisso até a entrada da T2, aonde ele vai pra frente do pelotão entrando na transição na minha frente, nisso já olho o tempo que fiz juntando a natação e bike e já vejo que perdi muito tempo na bike pela contusão e fico imaginando como pode ser a corrida, só que esses pensamentos não duram muito são frações de segundo, pois ainda tenho que fazer a transição e correr 5 km, sai pra corrida depois de ter feito uma T2 rápida alcanço alguns atletas e até passo o Fernando, tento manter uma freqüência de passadas que estou acostumado nos treinos com uma amplitude baixa mais com uma boa freqüência pra não desgastar mais o músculo do que já esta, no começo parece dar certo, pois há dor, mas está num nível suportável não consigo correr no meu ritmo de prova mais a situação está controlada, passando a primeira volta de um total de duas, a vontade de parar e abandonar a prova é maior do que qualquer coisa, pois a cada passo parece que a dor aumenta, nisso o Fernando me alcança e pergunta o que está havendo falo da Panturrilha e ele vai ombro a ombro comigo, me incentivando até próximo a linha de chegada, a dor vai ficando insuportável mais com a ajuda dele fica mais fácil controlar a passada, mudo a técnica pra não forçar tanto a panturrilha e conseguir terminar a prova, quando ele perguntando se estava tudo bem, se dava pra eu terminar respondo positivamente, se tivesse força espoçava um sorriso de agradecimento, mas eu estava num dilema ou sorria ou corria, os dois juntos não era possível. rs .. Lembrei nesse momento na Chrissie Wellington que consegue correr brilhantemente uma maratona no triathlon com um sorriso cativante, agradeço e ele sprinta eu mantenho o mesmo ritmo pra fechar a prova em 1h 23’00’’. Já chego, e fico mais feliz em pegar o gelo e colocar na panturrilha do que com a medalha da prova que vi depois com mais calma ver e achei bem bonita. Depois do triathlon fico sabendo que meu amigo Yucatán conseguiu ficar em 5º na categoria dele o que é muito legal, e ainda acabo ganhando um pen drive no sorteio dos brindes, chegando à minha cidade fui ao médico o que ele depois de realizar um ultra som detectou ruptura parcial das fibras do gastrocnêmio, ou seja, minha panturrilha quase se foi, agora é cuidar pra me recuperar bem, não sei quanto tempo vai demorar, mas tenho que ter paciência. “Li estes dias que: “A calma é a virtude dos fortes”. Espero encontrá-la.